Vitória: Cidade e Presépio - PETER RIBON


lançamento nacional

14 de março de 2008


sede da adufes,
cidade de vitória

a partir das 18h30


Parte I - A CAPITAL CAPIXABA

1. O Presépio
1.1. Brasil: Estruturas e Formas
1.2. Espírito Santo: Referências e Representações
1.3. Vitória na Grande Vitória

2. A Cidade
2.1. A Pré-Cidade-Presépio
2.2. A Cidade-Presépio
2.3. A Pós-Cidade-Presépio

Parte II - OS VAZIOS VISÍVEIS

3. As Relações
3.1. A Figura e o Fundo
3.2. O Sujeito e o Objeto
3.3. O Tempo e o Espaço

4. Os Elementos
4.1. Vitória do Céu e do Mar
4.2. Vitória da Terra e do Céu
4.3. Vitória do Mar e da Terra


Por que a imagem de Vitória, capital do Espírito Santo, parece estar tão ‘apagada’ em relação às demais capitais brasileiras? Em busca desta resposta, deparamo-nos com o nome Cidade-Presépio, apelido que a capital capixaba recebeu no começo do século 20 e que se nos mostrou de considerável importância a tal investigação, já que fazia referência, com alguma originalidade, a uma distinta caracterização existente.

Através da sugestão de uma valiosa simbologia latente na palavra ‘presépio’, esboçamos a hipótese do que se constituiria como uma característica singular da capital capixaba, qual seja uma certa discrição demonstrada nem tanto pela pouca representatividade que ela aparenta ter, mas justamente por uma diversidade de representações que não conseguem se destacar intensamente devido à presença de representações externas sempre maiores, em quantidade, capazes de transformar aquelas em referências secundárias se comparadas a estas.

Buscando a confirmação desta idéia, voltamo-nos à descrição de sua imagem, atendo-nos especificamente à conformação físico-natural e à formação arquitetônico-urbanística de seu território - desde a sua fundação no início do século 16 até o final do século 20. Nessa análise, destacamos os principais objetos componentes da cidade e, neste destaque, buscamos revelar que importância teriam tais objetos - e as relações construídas entre eles - para a visibilidade dessa ‘identidade escondida’; indo neste caminho da Cidade-Presépio - um período particular da história de Vitória - à cidade/presépio - uma relação intrínsca entre a especificidade do território natural e a especificidade da arquitetura construída sobre ele.

(...)

"Valorizando, pois, a imagem em seu caráter mais precioso, ou seja, em sua capacidade sintética de reunir várias representações, aqui se apresenta um trabalho de aproximações e alianças, simbolizadas nas inúmeras relações e inter-relações que constroem seu corpus; a começar pela própria relação que se vai buscar do território natural (da cidade, do estado, da macro-região) no desenho do país, e partindo posteriormente para as relações entre a história da arquitetura e do urbanismo e aquele mesmo território, na inquieta busca da identidade “perdida”. Construindo uma relação entre teoria (então desenvolvida) e prática, segue assim com a evidência do próprio método (os seus vazios visíveis) numa seqüência de inter-relações (figura e fundo, sujeito e objeto, tempo e espaço) cuja base se encontra na fenomenologia da percepção. (...) Da Cidade-Presépio à cidade/presépio, recria-se (e projeta-
se) o novo desenho da cidade, percebido e visível, fazendo parte dessa nova imagem a incompletude e o inacabamento, assim como a sugestão de novas possibilidades."
Issao Minami

(...)

“Os vazios revelam a cidade”, conclui Peter, desvelam seus inefáveis movimentos, seus ventos e brisas marinhas, misturando seus elementos originais aos que foram surgindo, feitos pedra sobre pedra, deixando rastros e ruínas, riscando uma mélange de astros e eventos em constelação que revelam ao olhar curioso as singularidades de seu sítio e de seus acontecimentos. (...) Revela-se, assim, o presépio que é a cidade. Seu ser, sua essência, seus montes, estrelas e cometas, seus magos e crentes, seus muitos curiosos, em torno de uma discreta manjedoura para abrigar o fato primordial do nascimento, com a fortuna traçada desde a concepção, desde o início dos tempos, desde a queda original, desde a perda e falta primeira."
Kleber Frizzera

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