Eleições Municipais em Outubro

TEXTO Willian Fagiolo

TEORIA DO CAOS

Vocês, com certeza, já ouviram falar no princípio do “Efeito Borboleta”, ou seja, “uma borboleta bate asas na China e causa um furacão na América”. Pequenas modificações podem provocar grandes mudanças. Parece absurdo, porém é a dura realidade. Ou seja, inúmeros pequenos eventos acabam provocando grandes mudanças. Tudo começa com algo que parece simples, mas as conseqüências acabam sendo imprevisíveis e o futuro da humanidade pode depender dos resultados da mesma.

Os fenômenos climáticos sempre foram de comportamento caótico e de difícil previsibilidade (agora, com novas tecnologias, a situação melhorou bastante). As temperaturas no planeta Terra, desde 1980, se mostraram mais altas do que em qualquer época dos últimos 18 séculos, dizem cientistas americanos e britânicos.

Dizem que o próprio mundo, o universo, está a caminho do caos. Segundo o “History Channel”, prestigoso canal de TV que pertence ao grupo americano Time Warner, o mundo acabará em 2012.

A grande questão é: se o mundo é governado por pequenos eventos que têm grandes conseqüências, alguém poderia controlar o destino da humanidade por meio de sua manipulação? É possível ditar o que as pessoas desejam, os seus ideais, o seu futuro? Só o caos, meus amigos... Só o caos sabe a resposta. Que ninguém nos ouça.

Na verdade, não vou falar de clima, não.

Eleições municipais em outubro. Escrutínio geral nas cidades brasileiras. Um dia de muita carne, vinho, cerveja, conversa fiada e simbolismos. Também neste dia vamos rezar.

Impressionante como nós brasileiros temos memória curta.

Outro dia, numa reunião com amigos lembrei-me de uma velha/nova máxima política, a governabilidade. Os governos sempre deram especial destaque a esse termo e outros. Servem para abafar denúncias, inépcias, falta de competência, para justificar alianças com as velhíssimas oligarquias regionais, para sufocar investigações, para rejeitar reivindicações legítimas, para desdenhar da imprensa e da sociedade civil, dos neobobos etc. Uma herança da longa e autoritária história brasileira, um poder sempre desconfiado diante do livre jogo das forças sociais.

A sociedade brasileira (leia-se os verdadeiros donos do poder) sempre temeu, e continua temendo, por menor que seja, a possibilidade de ampliar a auto-organização da sociedade e a transparência, assim como, aliás, questões como a redistribuição de renda, a justiça social, o fim da discriminação racial ou o respeito aos direitos humanos. Tudo isso em nome da governabilidade. Que coisa mais sem-cerimônia de toda essa gente. Um cinismo só, de cima até embaixo.

De políticos, fala-se que são sujeitos super-espertos, simpáticos, e que sabem cativar as pessoas dizendo o que querem ouvir. Aliás, dizem, são bons ouvintes, têm boa memória, capitalizam, juntam as idéias daqui, dali, misturam, mexem, remexem, reapresentam-nas e as pessoas acham que estão diante de uma grande novidade. Não é engraçado?

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