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Internacional

19/01/2008 - 17h32
Cuba se apronta para eleições que devem eleger Fidel como deputado

Em Havana

Mais de 8,4 milhões de cubanos comparecerão neste domingo às urnas para eleger como deputados Fidel Castro e outros 613 candidatos, em uma eleição sem adversários e que começará a definir o futuro político do líder convalescente.

Milhares de encarregados acertavam neste sábado os últimos detalhes dos 38.357 colégios eleitorais do país, instalados em consultórios médicos, organizações sociais, escolas, prédios públicos e centros culturais, em cujos exteriores se expõem as biografias dos candidatos.

LUTA PELOS TRANSEXUAIS
A sexóloga cubana Mariela Castro, filha do presidente cubano interino, Raúl Castro, iniciou neste sábado uma cruzada midiática na tentativa de criar em Cuba uma consciência sobre a transexualidade, cujos direitos são estudados no Parlamento.
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As televisões mostraram com freqüência imagens do distrito 7 de Santiago de Cuba, local onde o Fidel Castro concorre, junto de outros dois candidatos, às três vagas para deputado da região. Biografia e foto do líder estão expostas nos colégios eleitorais locais.

Seu irmão Raúl, que o substitui no poder há quase 18 meses, também é candidato por esta província.

A Assembléia Nacional eleita neste domingo deve aprovar em sua sessão inaugural, nos próximos 45 dias, o Conselho de Estado e seu presidente, que liderará o governo e as Forças Armadas.

A eleição de Fidel para o cargo de deputado o deixa habilitado a ser reeleito como presidente do Conselho de Estado, mas seu estado de saúde pode obrigá-lo a buscar outros cargos menos executivos.

Os meios de comunicação, todos sob controle do Estado, convocam à presença nas urnas, uma vez que o voto em Cuba não é obrigatório.

Serão eleições sem surpresas, sem campanhas eleitorais, sem pesquisas de boca-de-urna e disputas partidárias: 614 candidatos disputam igual número de cadeiras no Parlamento e 1.201 para semelhante quantidade de assentos nas 14 assembléias provinciais.

Assim ocorre desde que se implantou o atual sistema em 1976, modificado em 1992 com a Lei Eleitoral. Os deputados do Parlamento devem ser eleitos por voto universal, direto e secreto da população.

Nas eleições municipais de outubro, Fidel, por motivos de saúde, não pôde comparecer ao colégio onde tradicionalmente deposita seu voto. Na ocasião, um membro da mesa se deslocou até o lugar secreto onde o líder cumpria sua reabilitação médica e trouxe de volta a cédula marcada. É muito possível que, neste domingo, tal procedimento seja repetido.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2008/01/19/ult34u197594.jhtm

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