A Concepção
Resenha da Veja SP : Ambientado em Brasília, o polêmico drama tem tudo para dividir platéias. Sem concessões, o diretor faz emergir uma fita febril, agressiva, transgressora e radical, algo como um cruzamento entre o inglês Trainspotting e o dinamarquês Os Idiotas. Aí, porém, reside sua maior falha. Sem uma identidade genuína, resulta em muita forma para pouco conteúdo. Filhos de diplomatas, Alex (Juliano Cazarré) e Lino (Milhem Cortaz) promovem festinhas de embalo em seu apartamento. Movido a drogas, sexo grupal e rock'n'roll, o cotidiano da dupla ganha mais rotatividade com a chegada do enigmático X (Matheus Nachtergaele), um tipo andrógino que criou o "movimento concepcionista". Nele, as regras são abolidas e os integrantes devem se desnudar dos preconceitos e assumir uma nova identidade a cada dia. É a deixa para Belmonte exibir, em ritmo de videoclipe, cenas desconcertantes embaladas por canções pop de David Bowie, Secos & Molhados e Plebe Rude. Com Murilo G...